Fundada em 12 de maio de 1865 por Fredrik Idestam e Leo Mechelin, a Nokia passou por diversas áreas de atuação em seus mais de 150 anos de história. No entanto, foram lançamentos como o Nokia 3310 e Nokia 1110 que transformaram a marca em líder mundial de vendas e conquistaram milhões de fãs pelo mundo.
Apesar de todo o sucesso que a empresa obteve, uma série de erros e “imprevistos” fizeram com que a Nokia “caísse no esquecimento” e fosse superada por rivais como Apple, Samsung e Google. Por isso, nós estamos trazendo aos nossos leitores 5 fatos que explicam a queda da gigante finlandesa.
1. Reação lenta ao iPhone e Android

Em junho de 2007 o então CEO da Apple, Steve Jobs, lançava oficialmente o primeiro smartphone da empresa americana. Por apresentar inúmeras novidades e inovações, como a consolidação da tela sensível ao toque, logo o iPhone se tornou um potencial concorrente da Nokia ao alcançar a marca de 1 milhão de aparelhos vendidos em apenas 2 meses e meio.
Pouco mais de um ano após a primeira geração dos iPhones chegar às lojas, em setembro de 2008, foi a vez da Google entrar no jogo e anunciar o Android, seu novo sistema operacional para dispositivos móveis que rivalizaria com o Symbian da Nokia e o iOS da Apple.
2. Insistência no Symbian

Mesmo tendo a concorrência em seu retrovisor, a Nokia ainda tinha a liderança do mercado global de smartphones com sobra, o que levou a empresa a continuar investindo em seu próprio SO, até aquele tempo, o mais utilizado no mundo.
No entanto, a modernização que os iPhones e os dispositivos Android traziam as telas integradas a uma experiência multitoque, fizeram a empresa ficar para trás e perdida na evolução de um segmento que ela mesma ajudou a criar.
3. Resistência ao Android

Ao optar por focar na modernização do Symbian e não aderir ao Android, a Nokia viu sua dominância no mercado ruir. Enquanto marcas como Samsung e Sony Ericsson abandonavam o sistema operacional da finlandesa e anunciavam smartphones com o SO da Google, a Nokia amargava quedas nas vendas ano após ano.

Tentando se reerguer, em 2010 na Mobile World Congress a Nokia anunciou a parceria com a Intel para o desenvolvimento do MeeGo. O sistema operacional chegava para substituir o agora aposentado Symbian, que perdia cada vez mais seu espaço no mercado.

Junto ao anúncio do MeeGo, a marca ainda garantiu que o primeiro aparelho com o SO chegaria ainda em 2010, algo que não ocorreu. O Nokia N9 chegou a ser lançado em 2011 com o novo sistema operacional, mas o avanço massivo do Android decretou o fim dos planos que a empresa tinha.
4. Limitações do Windows Phone

Caindo no esquecimento, a finlandesa chegou a fazer outra parceira. só que dessa vez com a gigante do software, a Microsoft. Em outubro de 2011 a marca lançou o primeiro aparelho da parceria, o Lumia 800, que trazia uma tela Amoled de 3,7 polegadas com tecnologia Gorilla Glass e um sensor principal de 8 megapixels com as famosas lentes Carl Zeiss, além de rodar o Windows Phone 7.8.
Nos anos seguintes a linha Lumia ganhou diversos lançamentos e a Nokia/Microsoft seguia tentando ganhar espaço no mercado. No entanto, bons dispositivos como os Lumia 930, 730 e 640XL que apresentavam boas telas, um elogiado design e se destacavam bastante pela qualidade das câmeras, não conseguiram superar as barreiras impostas pelo próprio SO, o que atrapalhava a conquista de novos usuários.
O Windows Phone, em todas as suas versões, sofria principalmente com a falta de apps em sua loja oficial. Diversas redes sociais, jogos e todo o ecossistema do Google nunca chegaram por lá. Somado a isso, a Microsoft ainda enfrentava problemas na entrega das atualizações, deixando aparelhos importantes fora dos grandes updates, como o Lumia 800 sem o WP8 e os Lumia 520 e 920 que não receberam o W10M de forma oficial.

Vendo o pouco espaço que havia conseguido no mercado se desfazer, a Microsoft resolveu deixar a Nokia de lado e lançou aparelhos como os Lumia 535, 640, 640 XL e 435 com a própria marca. Pouco tempo depois, em 2016, a empresa encerrou a produção de novos dispositivos.
5. Aquisição da HMD Global

Ainda em 2016 a Microsoft anunciou a venda da Nokia para uma subsidiária da Foxconn, a HMD Global, o que de certa forma animava os fãs que aguardavam um retorno da empresa; agora com Android.
Entretanto, por outro lado pairava a dúvida sobre quais planos a nova dona teria para a marca. Em 2017 na MWC, a Nokia finalmente fez sua reestreia no mercado mobile ao anunciar os Nokia 6, 5, e 3, chamando bastante atenção principalmente no mercado chinês. Mas os anos se passaram e a marca não conseguiu decolar mais.
Hoje a empresa foca em lançamento de celulares básicos e não existe nenhum carro-chefe. Além disso, mesmo com promessa de lançar duas ou três grandes atualizações do sistema, estas atualizações chegam atrasadas e deixam os dispositivos com diversos bugs sem serem corrigidos.
No entanto, apesar de continuar comercializando smartphones como o G60 5G e o G11 Plus, para os entusiastas apenas manter a empresa “viva” não é suficiente, visto que a ainda gigante finlandesa tem desempenhado um papel discreto no mercado e, nem de perto, parecido com a inovadora líder de vendas que já foi.