A COVID-19 (coronavírus) continua avançado nos Estados Unidos e no mundo. Porém, na terra do Tio Sam, a Fundação Gates, criada pelo ex-presidente da Microsoft e sua esposa, continua levantando fundos para lutar contra a pandemia mundial.
Depois de anunciar Wellcome Trust e a Mastercard como parceiras ao lançar o Covid-19 Therapeutics Accelerator, dessa vez a instituição veio a público para informar que conseguiu criar aliança com mais três apoiadores: o governo do Reino Unido, Chan Zuckerberg Initiative e a cantora Madonna.
Apesar do fundo já ter arrecadado US$ 125 milhões com os dois primeiros parceiros, a instituição filantrópica não revelou o valor total dessa segunda arrecadação, uma forma de preservar a vontade dos envolvidos.
A princípio, o objetivo da Fundação Gates era conseguir criar uma cura para o coronavírus a partir de medicamentos já disponíveis. Entre os testados, os que mais se mostraram eficazes foram a cloroquina e hidroxicloroquina.
Por enquanto a OMS só reconhece a eficácia do primeiro, que consegue reduzir consideravelmente os sintomas relacionados a COVID-19, impedindo que aqueles que forem expostos ao vírus fiquem doentes.
No entanto, a hidroxicloroquina, segundo os cientistas do grupo Accelerator, consegue ser ainda melhor, já que a proteção é desenvolvida nas células e isso pode fazer com que o vírus não consiga nem mesmo entrar no corpo em caso de contato, prevenindo por completo a contaminação.
“Na verdade, ela bloqueia a entrada do vírus na célula. Se você tiver o medicamento em seu sistema e for exposto, ela não permitirá que o vírus entre nas células e evitará o surgimento da doença. É isso que os testes visam mostrar ”, escreveu Trevor Mundel, presidente da Fundação Bill & Melinda Gates, em uma sessão de perguntas e respostas.
Com o investimento adicional, a fundação vai conseguir testar novos medicamentos, fazendo com que a proteção dos cidadãos que ainda não foram infectados seja garantida, bem como a cura de quem já está com a doença.
Neste momento, o modelo de tratamento do HIV e tuberculose estão sendo o alvo de estudos, já que o mix de substâncias se mostra eficaz no tratamento dessa doença que ainda está cercada de mistérios.
“É por isso que o Accelerator procura identificar uma lista restrita de cerca de 50 a 100 medicamentos aprovados pela FDA (Food and Drug Administration) e depois reduzi-los a alguns que poderiam ser escalados. É provável que primeiro seja necessário o uso individual desses medicamentos e depois, é claro, combinações deles”, escreveu Mundel.
Agora, resta ao mundo esperar para ver como essas experiências vão se refletir no organismo daqueles que forem expostos a esses tratamentos experimentais, já que esses tipos de medicamentos possuem outros propósitos atualmente na medicina, e essa seria uma boa revolução no campo.
Vale lembrar que o COVID-19 teve o seu primeiro paciente infectado divulgado no dia 26 de fevereiro, na quarta-feira de cinzas. O homem residente de São Paulo havia voltado da Itália, país que passou a ser considerado o epicentro da contaminação na Europa, alguns dias antes.
Apesar da idade mais avançada, 61 anos, o paciente já está completamente curado desde o dia 13 de março, mostrando que, mesmo dentro do grupo de risco, é possível combater esta doença.
Fonte: Forbes