Após 3 gerações do já emblemático Moto X, a Lenovo assumiu rédeas na pioneira Motorola, trazendo uma nova família para o topo da sua linha de smartphones para 2016, o Moto Z. Como diferencial, o Moto Z incorpora de vez a ideia modular nascida nos rumores do já abandonando Project Ara da Google (que foi um dia dona da Moto), porém de uma forma menos ambiciosa e mais funcional.
Sim, se olharmos o LG G5 é possível afirmar que a ideia não é de fato inovadora, contudo, o gadget da LG não conseguiu convencer com o modelo utilizado por seus módulos, nem ao menos sendo lembrado por esta característica. Este é um cenário totalmente diferente da investida do Moto Z e Moto Z Play, que são sinônimos de modularidade e conseguiram emplacar uma idea pratica, funcional e de fato útil.
O grande problema desta tecnologia esta na finalidade dos módulos, que ao mesmo tempo que trazem uma alta gama de opções com projetores, amplificadores de áudio e aperfeiçoamentos para a câmera, são opções diversas o bastante para não se encaixar com todos os perfis de usuário, ou seja, enquanto para uns existe interesse em vários módulos, para outros pouco mais de 2 tem algum valor.
A grande solução para este problema seria o lançamento de novos módulos, o que está nos planos da empresa, segundo o diretor dos Moto Mod’s na Lenovo, John Touvannas.
O diretor afirmou a Cnet que já serão lançados ainda mais módulos no ano de 2017, sendo planejado manter uma frequência de ao menos 12 por ano. Para tornar isso possível, a empresa conta com parcerias de renome como Hasselblad e JBL, assim como a recente parceria o Indiegogo, onde a Moto disponibilizou kits de desenvolvimento para os usuários do serviço. Caso não conheca, o Indiegogo é um crowdfunding onde produtores independentes poderão apresentar seus projetos publicamente e receber (ou não) financiamento coletivo para tirar a ideia do papel.
Contudo a dúvida fica em relação a compatibilidade desdes novos mods, uma vez que o desenvolvimento de um novo exemplar da linha Z provavelmente já está em fase avançada, indicando que os acessórios deverão ser pensados para o mesmo. Ainda que a Motorola tenha indicado que os Mods/Snaps atuais “desenvolvidos hoje são projetados para trabalhar com as futuras gerações do Moto Z“, não foi especificado nada em relação a retrocompatibilidades dos projetos futuros.
Ainda assim, é um fato que a modularidade estará figurando como peça chave no futuro da Motorola, podendo refletir no mercado caso a proposta se popularize. Para este fim, é necessário trabalhar no custo deste dispositivos, que ainda afastam o consumidor e dificultam a disseminação da ideia. Com um futuro promissor, a Moto chama atenção de tecnologias como o Project Tango da Google e o 5G trabalhado pela Alcatel e Nokia, que poderão aparecer como mods/snaps em breve.
6 Comentários
Se não colocar os conectores nos próximos Moto G, E, X e o próprio Z. Não vai vender bem.
Acho fortemente que ela vai dar pra trás. É só olhar o Moto Z Play, que foi lançado um pouco depois e trouxe de volta o P2. Acho dificil a LG, Samsung, HTC, Sony e outras grandes adotarem, assim como as chinesas, fazendo com que isso fique a encargo da Apple. Se você notar, até a Apple não parece confiante, pelos novos iPads e Macbooks que ainda trazem o P2.
O problema nesse módulo de câmera, é ter que carregar mais um acessório consigo. Não vejo vantagem, sem contar aumento no peso a dimensão e o volume disso tudo.
Olha é uma visão, mas pensando em alguém que levava o seu celular e uma câmera a parte por não confiar totalmente nos registros do primeiro, levar um mod me parece equivalente 🙂
Tá, antigamente era assim, mas hoje em dia não se vê mais ninguém carregando câmera, a não ser, fotógrafo profissional.
Mas é de fato este o público visado para este mod 😉