Bem-vindo à nossa série de vídeos, Flashback, de antigos celulares Nokia, onde mostramos os momentos e modelos mais importantes da história do celular.
E nesta série não poderia faltar um smartphone que trouxe ao mercado uma das câmeras mais famosas de todos os tempos, o Nokia 808 PureView. Lançado em 2012, o sensor do Nokia 808 não seria superado em resolução por nenhum outro smartphone por mais 7 anos. Infelizmente, ele também detém a trágica distinção de ser o último telefone com sistema Symbian fabricado pela Nokia.
Em vez de depender apenas de memórias e alto desempenho, o aparelho traz um grande sensor de 41 MP que ainda hoje é muito forte e bate de frente com muitos celulares modernos. O auxilio dessa câmera ficava ainda mais bacana com o super flash Xenon e a tecnologia PureView. Essa tecnologia tem duas características principais: qualidade de imagem em boa ou baixa iluminação e zoom digital sem perda de qualidade.
Sua tela AMOLED de apenas 4 polegadas já oferecia o recurso que conhecemos hoje como tela sempre ativa ou Always on display que mostra informações com a tela apagada. No entanto, a Nokia chamava esse recurso de Sleeping Screen. Outra tecnologia exclusiva da Nokia era o Clear Black que permitia a visualização de todo conteúdo sob a luz solar.
Em pleno ano de 2022, muitos apps ainda funcionam no sistema Symbian Belle, como Apps e jogos offline e app de TV digital. Isso sem falar que o sistema funciona como o Android, que é possível baixar arquivos jar, jad e sis, transferir para o smartphone e instalar, como fiz com alguns jogos que estou mostrando aí.
O 808 PureView foi uma ideia insana que se tornou realidade. Quase que ele nem seria lançado pelo simples fato da Nokia já ter anunciado a descontinuação do sistema. mas a empresa decidiu fechar com chave de ouro.
Claro, o dispositivo também era profundamente falho, mas representou um grande salto na tecnologia móvel. Ele merece atenção porque representa o espírito de inovação que costumava estar vivo na Nokia no passado. A propósito, um espírito que precisamos ver na HMD global se eles quiserem ter uma chance de sobreviver a um mercado móvel tanto competitivo e implacável, repleto de dispositivos bons, mas pouco inspiradores.