Muitos não sabem, mas o Brasil é o único país do mundo a questionar sobre a criptografia no WhatsApp – recurso no qual deixa os utilizadores completamente livres de vulnerabilidade no que se refere a segurança de suas conversas. Para defender a questão, o fundador do mensageiro, Brian Acton, veio ao Brasil para participar de uma reunião no Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (02).
De acordo com outras informações esclarecidas, embora não seja somente no nosso país que o mensageiro acaba chegando à justiça, o Brasil é o único em todo o globo, que discute o direito ao uso de criptografia, com o assunto tendo chegado à Suprema Corte. “Não temos isso em nenhum outro lugar. Temos na Índia, mas não relacionada à criptografia”, disse Mark Khan, chefe jurídico do WhatsApp.
Ehren Kret, gerente de desenvolvimento de software do Whatsapp, se surpreende com as respostas dada pelo Ministério Público e o Judiciário brasileiro, uma vez que eles não conseguem entender como funciona a criptografia, duvidando que o Whatsapp não tenha como entregar o que não se consegue acessar.
Para facilitar a explicação do assunto, os representantes do Whatsapp disseram “É como se fosse uma conversa em um quarto sem microfones, sem câmeras.” Ou seja, não há como pegar informações sem que os indivíduos tenham deixado rastros.
O STF por sua vez querendo saber se não haveria a possibilidade de criar chaves para uso exclusivos das autoridades acessarem eventualmente as conversas, a resposta dos representantes foi a seguinte: “Não é possível criar uma backdoor só para um. Backdoors enfraquecem a criptografia para todos. Além disso, qualquer mudança enfraquece nosso sistema e seria detectada rapidamente por engenharia reversa.”