Apesar de sofrer tantos processos acerca de não incluir o adaptador de carga dentro da caixa de iPhones comercializados, a Apple tem sempre se favorecido e ganhado todas as causas. Mas no caso da cliente Mariana Moraes Oliveira, a situação foi um tanto diferente.
O caso da consumidora foi bem sucedido por conta de uma estratégia bem orquestrada de seu advogado Rafael Quaresma, no qual usou a seguinte contestação: “A Apple alegou no lançamento que a preocupação é para proteger o meio ambiente. O que a gente disse, e o juiz deu razão à consumidora, é que essa proteção ao meio ambiente que a Apple diz ter é uma proteção seletiva, é uma proteção relativa porque o fabricante não parou de comercializar o acessório, não parou de fabricar o carregador, a única coisa é que ele não vem junto ao aparelho, você compra separado. É uma coisa meio sem sentido. Só o carregador que vem com o celular polui o meio ambiente? O carregador separado não?”, explicou.
O advogado disse que isso fez com que o juiz reconhecesse o abuso dessa prática e obrigou a empresa a fornecer o carregador gratuitamente dentro do prazo de 10 dias, sob multa diária de R$ 200 até o limite de R$ 5 mil caso o prazo não fosse atendido.
Ao entrar com a ação judicial, a cliente tentou receber seu carregador da Apple de forma civilizada efetuando uma reclamação no órgão de Defesa do Consumidor, porém isso não foi suficiente para ter a causa ganha. Contudo, o seu advogado protocolou o processo com todas as alegações citadas acima.