O cenário econômico do nosso país anda de mal a pior, e isso tem efeitos colaterais sobre diversos tipos de seguimentos e negócios que tentam sobreviver por aqui. Em um estado presente instável e sem boas perspectivas de melhora, apostar as fichas no mercado tupiniquim tem sido um grande risco a se assumir por companhias de tecnologia, que precisam estudar suas estrategias a curto e longo prazo coesas e evitar gastos desnecessários, salvando a sua margem de lucro. Este é o principal motivo do fim dos esforços de fabricação de companhias como Microsoft, HTC, Xiaomi, e Sony.
Como tudo que é ruim pode piorar, desta vez é a gigante Foxconn que começa a se despedir do nosso solo “verde e amarelo”. Responsável pela montagem de diversos aparelhos eletrônicos, a saída deverá refletir sobre os preços dos dispositivos que ainda continuarão a ser vendidos por aqui, principalmente os iPhones e iPads, que compõe grande parte das operações da empresa por aqui.
Seja você um amante da Apple ou não, esta noticia é extremamente negativa. Assim como a Sony faz hoje, para continuar vendendo por aqui, as companhias que utilizavam-se dos serviços da montadora agora serão obrigadas a importar os seus aparelhos, o que deve impulsionar novas saídas e diminuir a concorrência entre as companhias restantes. Como você já deve ter imaginado, uma menor concorrência também é sinônimo de preços desregulados e abusos ao consumidor, limitado a poucas opções.
Visto que não possuímos um forte impeto a produção de smartphones nacionais, podemos apenas esperar que a situação melhore e apresente estabilidade nos próximos anos, e que isso seja o suficiente para atrair novamente as grandes companhias que abandonaram o Brasil. Hoje pode ser a Foxconn, amanhã uma marca que tem a sua fidelidade.