O Android Nougat foi oficialmente liberado pela Google no final do mês de agosto, mas o sistema chegou de forma oficial a tão poucos modelos que dá para se contar nos dedos aqueles que foram agraciados. Ainda assim, a Google está a todo vapor e já esta trabalha no próximo update corretivo que irá suceder a versão 7.1 do sistema. Isso tem deixado as fabricantes bastante descontentes, já que com um cronograma tão ativo, malmente conseguem acompanhar o calendário da Google, ficando cada vez mais atrasadas a cada novo update anunciado.
Este é o caso da Samsung, que juntamente com a Sony acabou optando por pular a versão 7.0 para priorizar o update corretivo 7.1.1, que foi anunciado em seguida. Porém, a sul coreana se viu incapacitava de concluir a adaptação da nova versão a tempo, o que fez com que a empresa volta-se atrás com sua palavra, confirmando que irá lançar a atualização para o 7.0 neste primeiro momento ao fim de evitar que os usuários aguardem mais por um novo update.
Uma vez que diversas fabricantes delas fazem uso de uma interface modificada, é preciso um tempo um pouco maior para adaptar e disponibilizar o update para os seus dispositivos. O “problema” fica por conta da possibilidade da Google apresentar o Android 7.2 na MWC, já tornando o 7.1.1 uma versão “ultrapassada” antes mesmo de ser liberada pela maioria das empresa. Isso acabou por criar a dúvida sobre a possibilidade da Google – que recentemente lançou uma linha de smartphones voltada para o consumidor (ao contrário da linha Nexus, que tinha foco nos desenvolvedores) – estar tirando vantagem da sua posição com desenvolvedora do sistema operacional para colocar a sua linha em destaque frente ao mercado.
Não é preciso pensar muito para se achar um fundamento: sendo o Android desenvolvido por ela mesma, a Google pode trabalhar com um cronograma que seja confortável para a adaptação das modificações da sua própria linha, vantagem que não é oferecida a mais nenhuma outra empresa no mercado. Assim, a nova linha Pixel não só traz finalmente as modificações que colocavam os Nexus para traz, mas também oferece a sua mais famosa vantagem, que esta na fidelidade e velocidade dos updates. Sendo estes produtos com fins comerciais e que disputam diretamente com as outras companhias que fazem o uso do Android, não é estranho esperar que comece a haver um descontentamento coletivo em breve.
Este caso é semelhante ao movimento que ocorreu após a Microsoft adquirir a Nokia, o que acabou por afastar as parceiras em frente aos privilégios com os updates e funções exclusivas para o Windows Phone que a junção trouxe para linha Lumia. E você, acha que a Google planeja passar a frente das suas parceiras com o uso do seu cronograma? Será esse o começo da ruína do modelo atual de domínio do Android?