No momento atual do mercado de smartphones, não é surpresa indicar que as inovações de design tem ganhado mais importância frente ao usuário. O problema é que, diferente das tendências do passado, o foco para a beleza e apresentação do dispositivo anda por caminhos opostos da durabilidade e resistência, resultando em dispositivos cada vez mais frágeis.
Com um dos maiores exemplos deste efeito, mesmo sem abdicar de uma estrutura bela e um design inovador, o novo Galaxy S8 revelou uma tela gigante em um corpo portátil, porém isso pode lhe custar caro. Isto porque, em um teste de durabilidade, o novo smartphone demonstrou o pior desempenho já registrado até o atual momento.
Executado pela SquareTrade, o teste mostrou que os novos Galaxy S8 é o único modelo avaliado a quebrar na primeira queda a partir de qualquer angulo testado, oferecendo altíssimos 76% de risco de dano durante uma queda para o padrão, enquanto a variante Plus ficou com 77%.
O grupo reconhecido pela precisão e confiabilidade dos seus testes afirma que o grande problema está na construção quase inteiramente produzida em vidro, reforçada apenas por extremamente finas bordas laterais. Sem a estrutura necessária para aparar o impacto, ao encontrar o asfalto o modelo chegou a soltar peças da câmera, do revestimento frontal e traseiro, além de apresentar as já esperadas rachaduras.
Caso você precise repara-lo, a situação não fica muito mais fácil, já que o vidro predominante pode rachar ou até mesmo partir durante o processo de abertura do smartphone. Além disto, o “malabarismo” da coreana para encaixar todas as peças em um aparelho com um display tão grande e um corpo tão fino resultou em um posicionamento complexo para a bateria e os fios que conectam o sensor biométrico. Em contra partida, os resultados obtidos nos testes de submersão foram excelentes, garantindo que o aparelho não terá problemas dentro d’água.
Mesmo com a avaliação predominantemente negativa, a SquareTrade acredita que a fragilidade do dispositivo não deverá afetar as suas vendas, visto que 36% dos consumidores da marca mantiveram-se interessados, mesmo após a constatação deste problemas.