Desde os primeiros anos de vida vimos os usuários da plataforma se importando bastante com o baixo market share da plataforma enquanto avistamos o sistema da Google crescer de forma estrondosa. Hoje, o Android chega a passar da marca de 80% do mercado, deixando assim os rivais com cotas bem menores, obviamente.
Dito isso, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) no Reino Unido, uma agência governamental designada a garantir o equilíbrio e transparência do mercado, vem estudando a possibilidade de criar uma possível investigação contra o Google por abuso de posição dominante no mercado móvel.
No ano passado a União Europeia quis saber mais afundo sob a acusação de monopolização do mercado, a Google se tornou suspeita de utilizar de sua posição privilegiada no mercado lesando suas concorrentes, e não foi analisando apenas o setor mobile da empresa.
Google na mira da CMA Reino Unido
A principal preocupação da CMA está no fato de que existem atualmente apenas dois sistemas operacionais móveis no mercado: iOS e Android. Normalmente, é uma situação aceitável onde há pelo menos 3 principais concorrentes no mesmo mercado para o benefício dos consumidores e portanto, qualquer empresa pode tirar vantagem dessa posição dominante, como aconteceu no passado com o Internet Explorer no Windows.
Na carta recebida pela CMA, consta uma queixa contra o Google para analise pela equipe da organização em questão. Com isso, eles irão avaliar quais melhorias podem ser feitas para oferecer perspectivas de mudanças reais aos consumidores. A CMA diz que a investigação deve rolar por bastante tempo até que buscas e pesquisas sejam feitas por parte das empresas envolvidas, Microsoft, Google e, talvez, outras empresas, de modo que elas possam ajudar a entender a situação do mercado e como os mesmos estão trabalhando. Tudo isso é preciso ser feito antes que qualquer medida seja tomada.
Google e sua má relação com Windows Mobile
São muitas as queixas dos usuários da plataforma móvel da Microsoft com a gigante das buscas, destacamos algumas delas abaixo:
- Bloqueio do acesso a um ou mais dos seus serviços aos consumidores de plataforma competitiva, seja temporária ou permanente – tornando um acesso mais entediante para estes.
- Google não disponibiliza qualquer um dos seus aplicativos ao Windows Phone ou Windows 10.
- Aplicativo oficial do YouTube bloqueado para o Windows Phone, além de dificultar o desenvolvimento de clientes baseados na disponibilidade de suas API’s.
- App Waze: Após aquisição pelo Google, o aplicativo em sua versão para Windows Phone nunca viu uma atualização para seu software.
- SoftCard: Após aquisição pelo Google, logo foi anunciado o cancelamento do desenvolvimento do serviço para Windows Phone, que já estava em trabalho.
- Gmaps Pro (aplicativo oficial do Google Maps) teve de ser retirado por um tempo por razões legais de acordo com a Google.
- O Google decidiu por remover o suporte para o Exchange ActiveSync, que foi o protocolo que permitia obter informações de Contatos em contas do Google Calendário no Windows Phone.
- O Google AdMod (serviço fornecido para desenvolvedores trabalhar com publicidade em seus aplicativos), este não tem qualquer suporte na plataforma Windows.
Se a CMA estava apenas começando uma investigação completa contra o Google, ele deve responder às preocupações da autoridade ou fornecer provas contraditórias. As empresas têm a obrigação legal de cooperar com a CMA, ou poderá enfrentar multas substanciais por abuso de posição dominante no mercado.
A CMA também nos dá a oportunidade de reivindicar queixas por meio de seu website, para que qualquer consumidor que se sinta prejudicado por alguma empresa por abuso de posição dominante. Da mesma forma, solicita aos consumidores que tenham informações relacionadas ao caso que reporte em seu website.
Os problemas citados acima são apenas alguns dos já divulgados em sites dedicados ao ecossistema Windows. Por agora, temos de esperar até que a CMA analise os dados e as informações fornecidas pelo autor da denúncia.