Asus tem pouco tempo concorrendo no mercado de smartphones! A empresa iniciou sua estratégia oferecendo smartphones equipados exclusivamente com processadores construídos pela Intel, mas em seguida foi obrigada a mudar sua parceria, pois a Intel já não estava mais disposta a trabalhar no ramo. E como está a Asus hoje? Pois bem, a empresa tomou a liberdade de expressar algumas de suas ideias durante entrevista publicada recentemente pelo TudoCelular.
Em entrevista feita pelo portal em questão, Marcel Campos, diretor de marketing global da Asus, relata as mudanças de estratégias para tentar superar as empresas rivais e fala sobre os pontos no qual a Asus acertou ao entrar no mercado brasileiro.
“O mercado brasileiro é muito difícil porque ele é muito particular. É um dos poucos países do mundo que exige a fabricação local de Smarthpones. O sistema tributário é muito complexo, diferente do resto do mundo, onde é mais simples. Mas, mais do que isso, o entendimento de como o brasileiro pensa influencia nas nossas estratégias diretamente.
Não acho que existe um preconceito do brasileiro com marcas. Pelo contrário, acho que somos um povo que abraça marcas novas. Mas acho que elas têm que corresponder. O brasileiro abraça, mas quer ser bem tratado”.
Ele frisa a fabricação local e considera esse um dos pontos fortes, e questiona que o erro maior das outras empresas é subestimar que o brasileiro não se adequaria a empresas que começaria pequeno ou achar que somente trazendo produtos novos resolveria o problema, não comunicando de forma próxima com os consumidores .
Marcel Campus considera que a maior força da Asus é uma comunicação próxima, e as estratégias de marketing não convencionais aplicadas aqui no Brasil.
É nosso sonho. Nós somos sonhadores, a gente quer chegar lá. Mas a gente também tem que ter o pé no chão. Porque o mercado é cruel. Você não pode errar, não pode ter o preço errado, não pode ter o produto errado.
Para a gente, não é fácil. Imagina, a gente está no mercado há pouco mais de três anos. Imagina uma criança crescendo, em desenvolvimento. Os ossos doem. Para a gente, também. Esse crescimento é doloroso, não é fácil. Mas a gente não quer desistir, não.
Ele também deixa explicito o sonho da Asus em superar e brigar de frente com a Samsung, Motorola e LG, porém relembra o pouco tempo de inserção no mercado e o mercado cruel que enfrentam.
Quando questionado sobre o peso do marketing para o crescimento rápido no Brasil, diz o seguinte:
” O marketing é um dos pilares de uma empresa. Se você tem uma campanha de comunicação agressiva, mas não tem produto disponível, não vai dar certo. Se você não tem profissionais que prezam pela qualidade do produto e vende muito produto muito rápido, isso vai tudo retornar e vai sujar a marca. E aí, não adianta o marketing fazer um baita de um trabalho. Porque o produto em si não vai corresponder com a expectativa criada pelo marketing”.
Qual o motivo do Zenfone 4 Pro não vir para o Brasil?
O dispositivo realmente chegaria por um valor alto no mercado Brasileiro, e não foi visto como um aparelho interessante, mesmo deixando a marca em destaque. O brasileiro não é acostumado com valores divergentes e além do mais, o aparelho chegaria por um preço equiparado a do iPhone X, e essa não seria uma excelente aplicação no mercado, para uma marca pouco consolidada no mercado, e nem mesmo com tamanha estrutura da Apple em relação a suportes.
A gente pensou muito, a gente discutiu muito sobre trazer o Zenfone 4 Pro para o Brasil. Não foi fácil a gente falar que não ia trazer. O problema é que, quando a gente traz um produto e o preço dele não corresponde com a realidade do brasileiro, o preço dele não faz sentido para o brasileiro. As pessoas não vão comprar porque ele vai ficar com um preço absurdo. Ele estava beirando quase R$ 6 mil. Porque a gente não teria como fabricar ele local.
Será que a Asus consegue ultrapassar as suas rivais ligeiramente, ou você considera que ainda pode demorar para que isto aconteça? Deixe nos comentários a sua opinião!