2007 foi um dos pontos mais altos da Nokia antes de adotar o Windows Phone como seu sistema operacional. Quem acompanha o mercado mobile há bastante tempo, sabe que o software da Microsoft já foi extinto, o que ajudou a marca de celulares a perder espaço no mercado e acabar virando parte do grupo HMD Global para não desaparecer de vez.
Porém, antes do Windows Phone, o SO usado nos modelos da marca era o Symbian, que ganhou sim suas inovações para se adaptar aos smartphones com tela sensível ao toque como o Symbian Anna, Belle. Contudo, um dispositivo que fez esse nome ganhar mais força no mercado mobile foi o Nokia N95 e N95 8GB, que é considerado até hoje um dos melhores celulares já produzidos na história da telefonia.
Algo que favorecia a popularidade dele era o fato de contar com diversos recursos para dar uma experiência de uso dentro das limitações de tecnologia da época, mas ainda assim imensamente atrativo por conta do conjunto da obra, por causa de trazer tantos recursos em um só dispositivo.
A tela compacta de 2,6 polegadas em resolução 240 x 320 pixels, servia como meio de identificação ao produto, já que, quando o teclado slide estava escondido, só ficavam expostos os botões de acesso rápido para atender ligações e navegar entre as opções do menu.
Ele tinha um formato deslizante duplo, onde de um lado ficava o teclado alfanumérico e do outro os botões de controle de música, atalhos importantes para a reprodução de vídeos e áudios com qualidade de DVD.
O modelo contava com 128 MB de memória RAM e 4 ou 8 GB de armazenamento, algo que até pouco tempo ainda era aplicado em alguns smartphones, mas para a época era uma grande novidade e dava bastante espaço para salvar arquivos de fotos, vídeos e músicas.
Por falar em mídias visuais, ele tinha uma câmera de 5 MP, que tinha como diferencial o fato de vir com uma lente Carl Zeiss, que até hoje é uma grande fabricante de sensores e ainda continua fornecendo equipamentos para os novos smartphones da marca. Naquele tempo não existia nenhum celular ao nível do Nokia N95 em termos de câmera.
Para gravações, ele conseguia uma boa qualidade dentro do que era comercializado na época, trazendo atributos interessantes para o público, como gravação em VGA a 30 fps, que conseguia entregar algo visualmente semelhante ao visto em DVDs.
Em termos de conectividade, ele vinha com Bluetooth 2.0, 3G e WiFi, permitindo uma experiência de navegação online completa para quem tinha acesso financeiro para usar essa tecnologia naqueles dias. Na verdade, era muito difícil encontrar alguma rede wi-fi.
O Nokia N95 conseguia entregar algo que pode ser denominado como “experiência desktop”, já que a visualização de documentos em Word, Excel e até mesmo o Quickoffice era completamente funcional no celular. Então, era um dispositivo perfeito para os empresários.
Como forma de entretenimento, o acesso a TV e uma entrada para fones de ouvido de 3,5 mm permitiam que o aparelho pudesse dar uma experiência completa para diferentes públicos que investissem nele.
Outra forma de diversão presente nele eram os jogos, e o N-Gage se destacava pelo fato de trazer um espaço dedicado a jogos dentro do smartphone, um dos poucos celulares que conseguia rodar jogos em 3D avançado. E sim, o aparelho já tinha conteúdo para forçar o processador e a sua placa gráfica, mas rodava tudo lindo.
Em autonomia, ele entregava uma bateria de 1.200 mAh uma carga que permitia o uso por um longo período, mesmo não sendo de vários dias, visto que o aparelho já tinha um sistema pra rodar Apps em segundo plano.
Houve uma época em que o Nokia N95 conseguiu vender mais do que o primeiro iPhone, mas as inovações implementadas no primeiro telefone com iOS fizeram com que o produto começasse a ser visto com maior frequência nas prateleiras.
Apesar de ter sido considerado pelo ex-CEO da Nokia uma plataforma de potencial, não demorou muito para que a Microsoft, detentora dos direitos do SO extinguisse-o do mercado mobile, enterro que foi concretizado em 2014.
Nosso unboxing nostálgico do Nokia N95
Fonte: GSM Arena