Desde as primeiras apresentações da edição 2016 do evento anual da Microsoft para desenvolvedores, a esperança foi plantada na comunidade Windows. Eram esperados grande anuncio para a Build 2016, como as tão aguardadas Live Tiles interativas (ou explosivas em alguns conceitos) e/ou novidades para UI do sistema, mas não foi bem assim.
A Microsoft de fato trouxe muitas novidades para o ecossistema Windows, principalmente voltadas a inteligencia virtual, bots, skype e um evidente o avanço das ferramentas de desenvolvimento (afinal, esse é o foco do evento), mas pouco foi falado sobre a versão mobile do sistema. Obviamente isso causaria um inevitável estranhamento da mídia presente, afinal esse evento sempre nos apresentou grandes novidades da plataforma.
Em contato com o chefe da divisão de dispositivos da Microsoft, Terry Myerson, o The Verge trouxe algumas declarações em relação a ausência do software mobile da empresa aos holofotes do evento:
“Nós estamos totalmente comprometidos com aparelhos com telas de 4 polegadas , haverá um momento em que eles estarão no nosso foco, mas agora embora sejam membros da nossa família, não estão no foco de onde eu espero despertar interesse dos desenvolvedores ao longo do próximo ano” Explicou Myerson. “Não há dúvida sobre a nossa concepção da importância deste segmento, mas para a Microsoft com o Windows e toda nossa plataforma esse não é o lugar correto a ser priorizado.”
“Se você quer alcançar mais consumidores, o Windows Phone não é o meio pra isso.” admite Myerson “Se você quer alcançar muitos usuários, temos a maior base instalada de aparelhos entre 9 e 30 polegadas. Se você quer fazer coisas novas e empolgantes, Xbox e Hololens são os devices para se discutir a respeito.”
Sem dúvidas, isso é extremamente desanimador. Ao assumir que o Windows Phone não é o caminho correto para atrair os desenvolvedores, a Microsoft deixa claro que não está mais focada em tornar a plataforma em si o chamariz ao usuário, o que pode acabar diminuindo a constância em que veremos funções inovadoras tentando vender o sistema, como o Continuum. Mas isso não é de todo mal.
É preciso assumir que o Windows Phone tem falhado em atrair usuários e desenvolvedores ao logo dos anos. Porém, em contraparte temos o plataforma Universal crescendo e trazendo mais apps a cada mês, ainda que o sistema esteja em queda livre. Dessa forma é possível concluir que é muito mais eficaz atrair os desenvolvedores a trazers seus apps para o sistema para desktops e tablets com maior usagem global que tentar vender um sistema mobile com baixa aceitação como foco.
Ainda assim, Myerson deixou bem claro que isso não significa o abandono do seguimento mobile:
“Nos faremos alguns coisas legais com os smartphones, mas esse ano eles serão uma importante parte da nossa família, mas não a ‘ponta da lança'”
Embora isso não seja exatamente o que um verdadeiro fã do Windows nos smartphones deseja ouvir é necessário ter a noção de que esse é um passo necessário. Ao tornar o ecossistema Windows mais forte e completo a Microsoft poderá tornar a Windows Store grande e priorizada pelos desenvolvedores e isso será refletido de forma direta nos smartphones com Windows graças a plataforma universal. E como os anos tem mostrado Windows Mobile não é exatamente o meio correto para fazer isso acontecer.
O que nossos leitores pensam a respeito disso?