Os números de participação de mercado para o sistema operacional móvel da Microsoft, como já esperado, continua a cair, com o Windows Phone agora pertencendo à apenas 5,9% de participação de mercado na Europa, quando antes pertencia aos 10,1% no mesmo período do ano passado e de 6,4% no trimestre anterior.
Em específico, no Reino Unido sua taxa de participação também caiu para 6,2% e mesmo na Itália, que costumava ter a maior quota de mercado caiu para 6,7% quando antes tinha 14,4% no mesmo período do ano passado. Já no EUA o Windows Phone parece permanecer estável ainda com os seus 2,6% e 0,9% de participação na China.
Ao que parece, a Microsoft não deve lançar novos dispositivos este ano, uma vez que a empresa quer deixar um pouco de espaço para novas fabricantes até que as novas estratégias da Microsoft tomem um novo rumo em 2017.
Satya Nadella sabia que tudo isso iria acontecer
Este período é um momento muito crítico para a história do CEO da Microsoft, Satya Nadella, à uma visão de longo prazo. Para compreender a natureza fundamental da posição atual da Microsoft, devemos entender como a visão de Nadella trouxe a empresa a este ponto e a que lugar ele quer levar a empresa. Em um artigo publicado semanas atrás pelo pessoal do WindowsCentral, é possível obter algumas informações que até então, talvez, sejam desconhecidas pela comunidade.
Em 10 de julho de 2014 Nadella prenunciou a iminente depreciação com uma declaração decisiva de que “nada está fora do lugar”.
“Nada está fora do lugar na forma como pensamos sobre mudar nossa cultura para cumprir uma estratégia central. Nossas prioridades serão ajustadas. Novas competências serão construídas. Novas idéias serão ouvidas. Novas contratações serão feitas.”
Quase um ano depois em seu email Nadella deixa claro que a Microsoft irá executar planos contra e fazer escolhas difíceis.
“Vamos precisar inovar em novas áreas, executar contra os nossos planos, fazer algumas escolhas difíceis em áreas onde as coisas não estão funcionando e resolver problemas difíceis de maneiras que impulsionam o valor do cliente.”
Finalmente, em 08 de julho de 2015 Nadella faz um anúncio definitivo de sua depreciação da aquisição Nokia.
“A empresa terá um encargo de desvalorização de aproximadamente US $ 7,6 bilhões referentes a ativos associados com a aquisição do negócio de dispositivos e serviços Nokia…”
Muitos observadores da indústria que viram os dois últimos memorandos independentes do primeiro interpretou a depreciação como uma mudança repentina na estratégia.
Em 10/07/2014 Nadella ressaltou que o impulso de dispositivos low-end será uma estratégia à curto prazo. Isto, obviamente, indica uma estratégia de curto prazo com um fim determinado.
“À curto prazo, pretendemos impulsionar o volume de dispositivos com Windows Phone, visando os segmentos de smartphones mais acessíveis, que são os segmentos de mais rápido crescimento do mercado, com Lumia. … Microsoft vai levar a todos os cantos do globo para capacitar cada indivíduo. “
Em uma chamada feita em 21/7/2014, Nadella reiterou o fim do impulso de dispositivos low-end “.
“Queremos ser esperto sobre com quantos desses telefones queremos gerar… Aí que você vai ver as mudanças operacionais mais significativas de como operamos no passado para o próximo ano.”
Nadella foi claro quando disse que o impulso de dispositivos low-end foi à curto prazo, portanto, a estratégia de curto prazo com um fim definitivo que conduz à fase atual de construção do ecossistema.
Em 10 de julho de 2014 Nadella afirma que hardware first-party da empresa vai seguir o exemplo do Surface. Em 14 de julho de 2015 em uma entrevista com Mary Jo Foley Nadella ele volta a reafirmar que os telefones first-party seguirão exemplos do tablet Surface.
“Nossos dispositivos primários terão trabalho digital seguindo o exemplo do Surface Pro 3, é um grande exemplo -. É melhor o tablet de produtividade do mundo. Além disso, vamos construir hardware first-party para estimular mais demanda para todo o ecossistema Windows…”
Estes acontecimentos nos levaram para o presente onde há muitos equívocos sobre a atual posição da Microsoft com os dispositivos móveis. Windows phone não está morto – decréscimos recentes relacionados à vendas e baixa vendas não são indicativos da morte da plataforma. Eles são simplesmente reflexos de aspectos de mudanças – gestão – posição da empresa.
Deixe-nos saber sobre o que você pensa a respeito!